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Marcela-do-campo

Nome popular: Marcela-do-campo, Macela.

Nome científico: Achyrocline satureioides (Lam.) DC

Família: Compositae.

Origem: Sul e Sudeste do Brasil.

Propriedades: Antiinflamatório, antiespasmódico (reduz contrações musculares involuntárias) e analgésico, sedativa e emenagoga.

Características: Herbácea perene, de 60 a 120 cm de altura. Cresce espontaneamente em pastagens e beira de estradas, sendo considerada pelos agricultores como uma planta daninha. Suas inflorescências (flores) secas são utilizadas em muitas regiões para o preenchimento de travesseiros e acolchoados. É na medicina caseira, entretanto, em que seu uso é maior, tanto no Brasil como em outros países da América do Sul.

Parte usada: Planta toda.

Usos: Em experiências com animais têm sido comprovada suas propriedades analgésica, antiinflamatória, relaxante muscular externo e interno (músculos gastrointestinais), sem nenhum efeito tóxico colateral. Estudos in vitro no Japão mostraram que extratos das flores desta planta inibiram em 67% o desenvolvimento de células cancerosas. Pesquisadores americanos demonstraram propriedades antiviróticas do extrato aquoso quente de suas flores contra células T-Linfoblastóides infectadas com o vírus HIV.

Forma de uso / dosagem indicada: O chá de suas flores e ramos secos na proporção de 5 gramas por litro de água fervente, é usado no Brasil no tratamento de problemas gástricos, epilepsia e cólicas de origem nervosa. Também é empregada como antiinflamatório, antiespasmódico (reduz contrações musculares involuntárias) e analgésico, para diarréia e disenteria, como sedativa e emenagoga.

Contra diarréias, disenterias e como digestivo (estomacal, hepático e intestinal) é recomendada na forma de chá, preparado adicionando-se água fervente em 1 xícara (de chá) contendo 1 colher (de chá) de inflorescência picada, na dose de 1 xícara em jejum, meia hora antes das principais refeições. Em uso externo contra nevralgias, cólicas (intestinais e renais), menstruações dolorosas, dores articulares e musculares, é recomendada na forma de cataplasma e de banho por imersão, preparados com 5 colheres (de sopa) da planta inteira picada em 1 litro de água fervente.

Na Argentina, a infusão de 20 gramas de flores por litro de água quente é ingerida para ajudar na regulação do ciclo menstrual e para o tratamento da asma. No Uruguai o seu chá possui a mesma aplicação, além do emprego para problemas estomacais, digestivos e gastrointestinais, como emenagoga, sedativa e antiespasmódica (reduz contrações musculares involuntárias).

Cultivo: É multiplicada exclusivamente por sementes.

Referências bibliográficas:
Lorenzi, H. et al. 2002. Plantas Medicinais no Brasil.
Vieira, L. S. 1992. Fitoterapia da Amazônia.

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