Nome popular: Tanchagem, plantagem.
Nome científico: Plantago major L.
Família: Plantaginaceae.
Origem: Europa.
Propriedades: Diurética (faz urinar), anti-diarréica, expectorante (elimina muco), hemostática (estanca sangue) e cicatrizante.
Características: Pequena erva bianual ou perene, de 20 a 30 cm de altura. Cresce espontaneamente em terrenos baldios e pomares da região sul do Brasil, onde é considerada planta daninha. É, contudo, na medicina caseira que é mais conhecida, cujo uso originou-se na Idade Média na Europa. Devido a suas quantidades de proteínas, açúcares, vitaminas e minerais, junto à baixíssima probabilidade de toxidez, suas folhas foram classificadas como alimentícias.
Parte usada: Folhas e flores.
Usos: No Brasil é considerada diurética (faz urinar), anti-diarréica, expectorante, hemostática (estanca sangue) e cicatrizante, sendo empregada contra infecções das vias respiratórias superiores, bronquite crônica e como auxiliar no tratamento de úlceras pépticas. Os indígenas das Guianas usam o decocto de suas flores em mistura com a erva-de-santa-maria (Chenopodium abrosioides), para tratar problemas menstruais. São também empregadas nesse país, tanto as flores como as sementes contra conjuntivite e irritações oculares devidas a traumatismos.
Forma de uso / dosagem indicada: A literatura etnofarmacológica recomenda tomar, em jejum, o chá de suas sementes, preparado adicionando-se água fervente em um copo contendo uma colher (de sopa) de sementes, e deixadas em maceração durante a noite como laxante e depurativo.
Contra afecções da pele (acnes e espinhas) faz-se aplicação localizada sobre a área afetada, com chumaço de algodão embebido em seu chá, preparado com 2 colheres (de sopa) de folhas picadas em 1 copo de água em fervura durante 15 minutos, adicionando-se 1 colher (de sopa) de mel.
Recomenda-se ainda a cataplasma de suas folhas amassadas e espalhadas sobre gaze, aplicada sobre feridas, queimaduras e picadas de insetos. Contra amigdalite, faringite, gengivite, estomatite, traqueíte e como desintoxificante das vias respiratórias de fumantes, é indicado fazer gargarejo de seu chá, 2 a 3 vezes ao dia, preparado adicionando-se água fervente a 1 xícara (de chá) contendo 2 colheres (de sopa) de folhas picadas. Nos países do Caribe esta planta é usada também no tratamento caseiro da hipertensão e de inflamações.
Cultivo: A planta multiplica-se exclusivamente por sementes.
Referências bibliográficas:
Lorenzi, H. et al. 2002. Plantas Medicinais no Brasil.
Vieira, L. S. 1992. Fitoterapia da Amazônia.
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